Gostaríamos de apresentar-lhe os resultados da pesquisa qualitativa realizada para a Fundação Zofia Zamenhof como parte do projeto SocEnter. O estudo intitula-se “Características das cooperativas sociais selecionadas na voivodia de Mazowieckie e os contextos do seu estabelecimento”. A amostra da pesquisa foi determinada por seleção proposital, de forma a escolher o maior número possível de organizações diferentes para garantir os resultados mais abrangentes. No relatório abaixo, encontrará informação sobre a situação das cooperativas sociais na Polónia, as características das cooperativas inquiridas, uma descrição das condições para a sua criação, um relatório sobre as actividades actuais e os problemas e dificuldades mais importantes que enfrentam.

De momento, o relatório só está disponível em polaco, mas publicaremos em breve uma versão em inglês. Convidamos todos vocês a lê-lo!

No âmbito do projeto Erasmus+ SocEnter: Desenvolvimento do empreendedorismo social – novas oportunidades e formas de desenvolvimento, a nossa escola realizou um inquérito dirigido a adultos e a pessoas que trabalham com adultos, independentemente de estarem ou não familiarizados com empresas verticais .

Abaixo segue um vídeo elaborado pela cooperativa social Epralima. Como parte de suas atividades, ministram uma aula gastronômica, que também organiza atividades sociais e esportivas que visam melhorar a saúde e a qualidade de vida dos beneficiários da cooperativa.

A última atividade do nosso parceiro italiano Centro Solidarietà Giovani

A promoção de estilos de vida saudáveis ​​nas comunidades desfavorecidas, especialmente entre as pessoas com deficiência, é essencial para promover a equidade e melhorar o bem-estar geral. Estas comunidades enfrentam frequentemente desafios únicos que necessitam de soluções personalizadas. Este capítulo explora as estratégias, os princípios e as melhores práticas para o desenvolvimento de produtos e serviços que promovam eficazmente estilos de vida saudáveis ​​em tais contextos.

Compreender as necessidades das comunidades desfavorecidas

1. Avaliação da comunidade:

◦ Análise Demográfica: Compreender a composição da comunidade, incluindo os tipos de deficiência, faixas etárias, antecedentes culturais e estatuto socioeconómico.

◦ Avaliação das necessidades: Realizar inquéritos, grupos de foco e entrevistas para identificar desafios específicos de saúde, barreiras a uma vida saudável e lacunas existentes nos serviços.

2.º Princípios de Design Inclusivo:

◦ Design Universal: Criar produtos e serviços que sejam acessíveis e utilizáveis ​​por todas as pessoas, na maior medida possível, sem necessidade de adaptação ou design especializado.

◦ Design Participativo: Envolva os membros da comunidade, especialmente aqueles com deficiência, no processo de design para garantir que as suas necessidades e preferências são priorizadas.

Desenvolvimento de produtos que promovem a saúde

1. Tecnologias de Apoio:

◦ Auxiliares de mobilidade: Desenvolver e proporcionar acesso a auxiliares de mobilidade acessíveis e duráveis, como cadeiras de rodas, andarilhos e próteses, adaptados às necessidades individuais.

◦ Dispositivos de monitorização da saúde: Crie dispositivos fáceis de utilizar para monitorizar os sinais vitais, os níveis de glicose e outras métricas de saúde que possam ser facilmente utilizados por pessoas com deficiência.

2. Nutrição e acesso aos alimentos:

◦ Utensílios de cozinha adaptáveis: Desenhe utensílios de cozinha que acomodem diversas deficiências, como utensílios de fácil manuseamento e eletrodomésticos de cozinha acessíveis.

◦ Serviços de entrega de refeições saudáveis: Estabelecer programas que forneçam refeições nutritivas adaptadas às necessidades e preferências alimentares, garantindo que são acessíveis e acessíveis.

3.º Exercício e Atividade Física:

◦ Equipamentos de fitness adaptativos: Desenvolver equipamentos de fitness que possam ser utilizados por indivíduos com diversas limitações físicas, garantindo segurança e facilidade de utilização.

◦ Programas Desportivos Inclusivos: Criar e apoiar programas desportivos comunitários que incluam desportos adaptados, garantindo oportunidades de participação para todas as capacidades.

Desenvolvimento de serviços de promoção da saúde

Plano de treino físico de um dia para pessoas com deficiência

Objectivo: Proporcionar uma rotina de treino físico abrangente e acessível que melhore a saúde cardiovascular, a força, a flexibilidade e o bem-estar geral dos indivíduos com deficiência.

Durante as reuniões preparámos e realizámos exercícios para pessoas com deficiência e todos participaram de boa vontade. Abaixo segue a descrição de um dos dias de exercício que realizámos no CUS Drobin.

Duração: 1 hora e 20 minutos

1. Rotina de aquecimento (10 minutos)

Objectivo: A rotina de aquecimento foi concebida para preparar o corpo para a actividade física, aumentando gradualmente a frequência cardíaca e o fluxo sanguíneo para os músculos, o que ajuda a reduzir o risco de lesões e a melhorar o desempenho.

• Alongamento Suave:

◦ Alongamentos do pescoço: mova lentamente a cabeça de um lado para o outro e da frente para trás, mantendo cada posição durante alguns segundos. Ajuda a relaxar os músculos do pescoço.

◦ Rolamentos de ombros: Role os ombros para a frente e para trás para libertar a tensão nos músculos dos ombros.

◦ Círculos nos Braços: Comece com pequenos círculos e aumente gradualmente o tamanho para aquecer as articulações dos ombros.

• Exercícios de amplitude de movimento:

◦ Rotações dos pulsos: rode os pulsos em ambos os sentidos para os preparar para os próximos exercícios.

◦ Círculos de tornozelo (se aplicável): Rode os tornozelos para aumentar a flexibilidade e evitar a rigidez.

• Exercícios de respiração:

◦ Respiração Profunda: Inspire profundamente pelo nariz, sustenha durante alguns segundos e expire lentamente pela boca. Ajuda a oxigenar os músculos e a acalmar a mente.

2.º Exercício Cardiovascular (20 minutos)

Objectivo: Os exercícios cardiovasculares melhoram a saúde do coração, a resistência e os níveis de energia. Estes exercícios são adaptados para acomodar várias capacidades físicas.

• Aeróbica em cadeira de rodas:

◦ Empurrões de braços: Empurre os braços para a frente e puxe-os para trás num movimento rítmico para aumentar a frequência cardíaca e fortalecer os músculos dos braços.

◦ Marcha Sentado: Levante os joelhos alternadamente, como se estivesse a marchar sentado. Isto ajuda a melhorar a circulação na parte inferior do corpo.

◦ Ciclismo manual: Utilize bandas de resistência ou um ergómetro de braço para simular os movimentos de ciclismo, melhorando o condicionamento cardiovascular.

3.º Treino de força (30 minutos)

Objectivo: Os exercícios de treino de força visam aumentar a força muscular, a resistência e a capacidade funcional, que são cruciais para as actividades diárias e para a saúde em geral.

• Exercícios para a parte superior do corpo:

◦ Pressões torácicas com banda de resistência: Segure a banda de resistência à altura do peito e pressione para a frente, envolvendo os músculos do peito e do braço.

◦ Rosca de bíceps com halteres: Utilize pesos leves para enrolar os braços, concentrando-se na força dos bíceps.

◦ Flexões em cadeira de rodas (se possível): Faça flexões utilizando os apoios de braços da cadeira de rodas para fortalecer os músculos da parte superior do corpo.

• Exercícios Básicos:

◦ Abdominais sentados: envolva os músculos centrais realizando abdominais enquanto está sentado.

◦ Torções com bola medicinal: Segure uma bola leve e rode o tronco de um lado para o outro, visando os músculos oblíquos.

4. Flexibilidade e alongamentos (10 minutos)

Objectivo: Os exercícios de flexibilidade ajudam a aumentar a amplitude de movimento, a reduzir a tensão muscular e a melhorar a flexibilidade geral.

• Alongamento Estático:

◦ Alongamento dos tríceps: levante um braço acima da cabeça, flita o cotovelo e utilize a mão oposta para puxar suavemente o cotovelo para um alongamento mais profundo.

◦ Alongamento dos isquiotibiais sentado: Alcance os dedos dos pés enquanto está sentado, alongando os músculos isquiotibiais.

◦ Torção do tronco sentado: Vire a parte superior do corpo para cada lado, mantendo a posição para alongar o tronco e melhorar a mobilidade da coluna.

5. Equilíbrio e Coordenação (10 minutos)

Objectivo: Os exercícios de equilíbrio e coordenação melhoram a estabilidade e a coordenação, essenciais para a realização das actividades diárias e para a prevenção de quedas.

• Exercícios de equilíbrio sentado:

◦ Bola de Estabilidade ou Cadeira Firme: Sente-se e levante um pé do chão, mantendo o equilíbrio. Isto fortalece os músculos centrais e aumenta a estabilidade.

◦ Apanhar e lançar uma bola leve: Trabalhe com um colega ou contra uma parede para melhorar a coordenação mão-olho e os reflexos.

6. Rotina de arrefecimento (10 minutos)

Objectivo: A rotina de relaxamento ajuda a diminuir gradualmente a frequência cardíaca, promove o relaxamento e previne a rigidez muscular.

• Alongamento Suave:

◦ Alongamentos do pescoço: Repita os alongamentos suaves do pescoço realizados durante o aquecimento para libertar qualquer tensão remanescente.

◦ Rolamentos de ombros: Faça novamente movimentos de ombros para garantir que os músculos estão relaxados.

◦ Círculos nos braços: Repita os círculos nos braços para arrefecer as articulações dos ombros.

• Exercícios de respiração:

◦ Respiração Profunda: Continue os exercícios de respiração profunda para ajudar o corpo na transição do exercício para o repouso.

◦ Relaxamento muscular progressivo: tensione cada grupo muscular durante alguns segundos e depois solte para promover o relaxamento de todo o corpo.

Notas

• Ajuste a intensidade e a duração dos exercícios com base nas capacidades individuais e nos níveis de aptidão física.

• Garanta uma hidratação adequada durante toda a sessão de treino.

• Utilize equipamento adaptativo, conforme necessário, para facilitar os exercícios.

• Consulte um profissional de saúde ou fisioterapeuta antes de iniciar qualquer nova rotina de exercício, especialmente para aqueles com condições ou limitações médicas específicas.

Saúde física – o bom funcionamento do organismo, dos seus sistemas e órgãos. A saúde física fala também do equilíbrio entre os processos anabólicos (criação) e catabólicos (decomposição). Consideramos que o corpo é fisicamente saudável quando não ocorrem nele processos patológicos (doenças). Os seus sistemas funcionam corretamente. Não precisa de ser muito atlético para poder dizer que está fisicamente saudável; além disso, os idosos também têm a oportunidade de manter o seu estado “fisicamente saudável”, porque a velhice não é uma doença, embora esteja a diminuir a eficiência de todos os sistemas humanos aumenta à medida que o corpo envelhece é mais difícil manter- se totalmente saudável. Vale a pena acrescentar que a aptidão física é positiva, pois também afeta a sua condição mental.

Saúde mental – pode ser dividida em dois tipos – saúde emocional e bem-estar mental. Uma pessoa emocionalmente saudável consegue reconhecer e nomear emoções. Também pode expressá-los de maneira apropriada. Fá-lo de acordo com as regras e padrões sociais. A saúde mental envolve também a manutenção do equilíbrio mental e inclui a gestão das emoções – a capacidade de lidar com o stress, a tensão, a ansiedade, a raiva, a agressividade e outras emoções. A saúde mental e emocional podem mudar ao longo da vida de uma pessoa, mas da mesma forma a saúde física – também é determinada geneticamente. Algumas pessoas têm mais facilidade

ficar deprimido ou zangado. Daí a ideia de atividades físicas que ajudem não só a melhorar o seu condicionamento físico e a sua aptidão física, mas também ajudem a acalmar os seus pensamentos, a saúde mental e a paz de espírito.

1. Acesso aos cuidados de saúde:

◦ Clínicas Móveis: Implementar clínicas de saúde móveis que levem os serviços médicos diretamente às comunidades desfavorecidas, reduzindo as barreiras às viagens.

◦ Serviços de telessaúde: Expandir as ofertas de telessaúde para fornecer consultas remotas, sessões de terapia e cuidados de acompanhamento, garantindo que os recursos de acessibilidade estão implementados.

2. Educação e Sensibilização:

◦ Programas de literacia em saúde: Desenvolver programas educativos que se concentrem na literacia em saúde, ensinando os membros da comunidade sobre nutrição, exercício, prevenção de doenças e autocuidado.

◦ Workshops e Grupos de Apoio: Organizar workshops e grupos de apoio adaptados às necessidades das pessoas com deficiência, prestando apoio interpares e orientação especializada sobre temas relacionados com a saúde.

3.º Envolvimento e Empoderamento da Comunidade:

◦ Agentes de Saúde Comunitária: Formar e empregar agentes de saúde comunitários dentro da comunidade para atuarem como elos de ligação, educadores e defensores.

◦ Investigação-Acção Participativa: Envolver os membros da comunidade em projectos de investigação destinados a identificar desafios de saúde e co-criar soluções, garantindo que as suas vozes são ouvidas e valorizadas.

Aproveitando a tecnologia e a inovação

1. Plataformas Digitais:

◦ Aplicações Móveis: Desenvolva aplicações móveis que ofereçam monitorização da saúde, acesso à telessaúde e recursos educativos, garantindo que são concebidas tendo em mente a acessibilidade.

◦ Comunidades Online: Crie fóruns online e grupos de redes sociais onde os membros da comunidade possam partilhar experiências, procurar aconselhamento e oferecer apoio.

2. Abordagens baseadas em dados:

◦ Análise de Big Data: Utilize a análise de dados para identificar tendências de saúde, medir o impacto das intervenções e adaptar os serviços para melhor satisfazer as necessidades da comunidade.

◦ Personalização: tire partido da IA ​​e da aprendizagem automática para fornecer recomendações e intervenções de saúde personalizadas com base em dados e preferências individuais.

Política e Advocacia

1. Defesa de políticas inclusivas:

◦ Envolvimento político: Trabalhar com os decisores políticos para defender políticas de saúde inclusivas que atendam às necessidades específicas dos indivíduos com deficiência em comunidades desfavorecidas.

◦ Financiamento e Apoio: Procurar financiamento governamental e não governamental para apoiar os programas de saúde e garantir que são sustentáveis ​​e escaláveis.

2.º Construindo Parcerias:

◦ Colaborações: Estabelecer parcerias com organizações locais, prestadores de cuidados de saúde e grupos de defesa para aumentar o alcance e o impacto das iniciativas de promoção da saúde.

◦ Parcerias Público-Privadas: Envolver-se em parcerias com empresas privadas para alavancar recursos, tecnologia e experiência no desenvolvimento de soluções de saúde.

Estudos de caso e casos de sucesso

1. Iniciativas de sucesso:

◦ Destacar estudos de caso de iniciativas de promoção da saúde bem-sucedidas em comunidades desfavorecidas, detalhando as estratégias utilizadas e os resultados alcançados.

2. Lições aprendidas:

◦ Discuta as lições aprendidas em projetos bem-sucedidos e malsucedidos, oferecendo insights sobre as melhores práticas e armadilhas comuns.

Conclusão

O desenvolvimento de produtos e serviços que promovam estilos de vida saudáveis ​​nas comunidades desfavorecidas, especialmente entre as pessoas com deficiência, requer uma abordagem multifacetada e inclusiva. Ao compreender as necessidades da comunidade, ao alavancar a tecnologia, ao defender políticas inclusivas e ao promover o envolvimento da comunidade, podemos criar soluções impactantes que melhoram os resultados de saúde e melhoram a qualidade de vida para todos.

Referências

https://mariuszsurma.com/oferta/trening-dla-osob-niepelnosprawnych/

https://cus-drobin.pl

https://www.ekonomiaspoleczna.gov.pl/czym-jest-ekonomia-spoleczna/

https://www.helpguide.org/articles/healthy-living/chair-exercises-and-limited-mobility-fitness.htm

https://www.mentalhealth.org.uk/explore-mental-health/a-z-topics/physical-health-and-mental-health